sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

OKUTÁ (OTÁ)

Okutá, por elisão Otá = pedra para assentamento de oríşas.


É muito importante que saibamos a diferença entre uma pedra comum e um verdadeiro otá. Pedra é pedra; e um otá é um otá e não pode haver engano, porque um otá de oríşa representa uma vida e, portanto e para tanto não pode haver engano.
É preciso saber a diferença, pois uma pedra comum não tem vida, é morta e, com certeza não pode responder por nenhum apelo.

 Entre um otá e uma pedra comum do mesmo tamanho, o otá pesa mais.
 Segundo me foi dito, um otá tem que ter a forma tal e qual da geração humana. O formato do otá masculino é ao comprido e o feminino redondo.
 Um otá não pode ser quebrado e nem polido.

Otás retirados de rio.
À esquerda oríşa homem (oboró), à direita oríşa mulher (ayabá).

Otás retirados do mar.

À esquerda otá para oboró e à direita para ayabá.



Estes otás podem ser para oríşas tanto fêmea como macho ou que respondam pelos dois sexos.

Os otás colhidos no mar, porém podem ter vários tipos de formatos e ressaltos, a água do mar provoca a erosão que se encube de formar otás especiais. Embora sejam recortados, furados, não perdem sua essência e mantém seu peso e valor.
Abaixo alguns otás marítimos que dependendo de como ele é posicionado, podemos enxergar um animal, um totem, um, coração, um ibi, etc.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

LOGUN OU LOGUN EDÉ, UM ORÍŞA, UMA FÁBULA. DEUS DA METAMORFOSE. DEUS DO SANGUE E DE SUAS DOENÇAS, CIRCULAÇÂO E CURA.

LOGUN OU LOGUN EDÉ, UM ORÍŞA, UMA FÁBULA.

Segundo o que me foi dito pelos negros curandeiros, com os quais convivi também pelos entendidos zeladores de santo de tempos atrás e hoje confirmado pelas minhas pesquisas através dos revezes acontecidos na vida de muitos clientes, filhos e adeptos que me procuram para um conselho espiritual, assim dando lugar a um conhecimento mais profundo das características deste oríşá e seus descendentes.

Os oríşas chamados Logun, para muitos só existe um, que é originário da união de Òşun e Oshossi, às vezes não sabem nem como chamar, se de Logun ou Logun Edé, pois bem, temos aqui os Loguns cultuados pelos negros antigos com os quais muito aprendi.

Devo explicar que apesar de apresentar o nome de oríşás, esses ensinamentos me foram dados através de estudos de òdús que são inteligências astrais que participaram da criação do mundo. Os oríşas regem ou são regidos por dois ou mais odùs que podem ser positivo, neutro ou negativo. Portanto quando coloco estas uniões é preciso que se entenda que não se trata de uma união carnal, mas sim de uma UNIÃO de FORÇAS de ÒDÚS, que tem como origem os òdús do oríşa Òşun.

Como nem todos têm conhecimento do que seja odù optei por dar nomes não dos odús, mas sim dos oríşas regidos por eles. Aprendi com esses mesmos negros que não se zela um oríşa sem o devido conhecimento de seus odùs de origem.

  1. LOGUN – OSHOSSI – ÒŞUN.

Oshossi marido e Òşun mulher. União das forças dos odus de Oshossi oríşa andrógino com Òşún.

  1. LOGUN – ÒGUN – ÒŞUN.

Ògun remador (empregado) e Òşun rainha. União de forças dos odùs de Ògun e Òşun.

  1. LOGUN – ŞÁNGÓ – ÒŞUN. União de forças de odùs de Şàngó e Òşun.

Şàngó pai e Òşun filha.

Então temos três Loguns e esses três em vice-versa, formam seis Loguns, ou seja, na composição acima são Loguns e estes mesmo trazendo a àyaba na frente, ou oríşá feminino: Logun Edé.

Pois bem, seis loguns, com um oríşa conhecido como Ògun Şoroke este porque seis meses de Ògun, seis meses Èşu, é da família dos loguns. Para se fazer este oríşá requer muita sabedoria, muito requinte, porque ele só estará concluído, quando para ele é sacrificado um cachorro.

Destes oríşas e de suas verdadeiras classificações, depende a vida e a sorte de muitas pessoas; primeiro porque existem e na maioria das vezes são ignorados; segundo porque a maioria só conhece o da união Oshossi e Òşun, e por isso não classificam os outros; terceiro porque tanto é difícil sua formação, como para se fazer um oríşa desse. Daí o interesse de muitos em ignorar. Para se raspar é necessário separar as partes de cada um dando o que é da parte feminina à àyaba e da parte masculina ao oboró. Suas curas, suas partes no mokunã (cabelo), seus apetrechos, etc.

Preciso salientar que ao falar de Logun e Logun Éde, eu destaquei Şoroke porque este logun requer todo cuidado e até muito mais que os outros. As miçangas são com as cores de Ògun e alguns pontos e Èşu, mas não a ponto de colocarem dois keles nesta qualidade de Logun, um de contas azuis e um de aço, como já vi fazerem por aí. Esta qualidade de Logun só se faz um kele, que se faz para Ògun – Èşu, por que:

  1. Este Logun não é bissexual e sim um homem que raciocina de duas maneiras, pondo-as em prática de acordo com a força da lua. Esta mudança é de homem bom para um homem mal e não de homem para mulher.
  2. Não é como os outros que com obrigação de um ou três anos dão lugar ao juntó. Mas ele passa a ser Èşu e Ògun para quando der obrigação de sete anos ele descansar e então dar lugar ao juntó.
  3. Ele não passa pela transformação de Logun Ede como os outros e até no orúkó (nome), enquanto os outros trazem nomes de conotação feminina e masculina, ele traz o seu nome só baseado na vida do homem e do diabo.

ORÍŞA LOGUN DA FAMÍLIA DE OSHOSSI E ÒŞUN

ODI DOVARIN E OBARÁ KÊ

Seus pais são Oshossi Ode e Òşun Anirá, representando este o amor livre e ao mesmo tempo o falso amor e o poder profissional.

Logun (Oshossi e Òşun) definição: marido e mulher estando todo o poder deste oríşa nas mãos do homem. Portanto para cultuá-lo nunca foi necessário dividir seu preceito nem seus balés şires (indumentária) e kele. Seu kele e adogun são baseados nas cores dos dois, ou seja, verde e dourado, embora alguns babaloríşas usem o azul e o dourado. Nas mãos traz o símbolo deste amor propagado. Na mão esquerda um ofá, símbolo do amor e da traição. Na mão direita uma adaga ou abebé ou um rekere. Tanto pode usar um adê como um turbante. Para sua feitura que é muito complexa, pois tudo terá que ser dividido a começar pelo batismo até os sacrifícios dos animais. A cabeça (orí) dividida lado direito para Oshossi, lado esquerdo pra Òşun, sendo que o juntó ficará com a parte de trás, enquanto que o escravo e o erê ficam com determinada parte da frente, retirada do pertencente aos dois òdus, que se complementam em um só oríşa.

ORÍŞA LOGUN DA FAMÍLIA DE ŞÀNGÓ E ÒŞUN

AŞETURA BESSA E OŞÉ

Logun (Şàngó e Òşun), este por sua qualidade é filho de Şàngó Aia, oríşa este que para os cultuadores de grande conhecimento carrega Oshala nas costas, não por gratidão, mas sim como castigo por sua traição com o surgimento deste filho.

Şàngó Aiá e Òşun Aleuá: sendo este Logun definido como Şángó pai e Òşun filha. Este obedece às mesmas regras normais dos outros, dividindo sua cabeça, sua pintura e sua roupa. Suas cores são o marrom e o dourado, tanto para seus balés şires como para suas vestes. Na mão esquerda traz o ogbogba (balança) que simboliza as glórias e a traição geração. Na mão direita uma adaga ou uma palma símbolo de seu império. Seu assentamento é muito delicado, por tratar-se de Òşun filha e por assim ser é feito um ao lado do outro. Este oríşa não foge a regra dos outros şàngós em relação a seu assentamento: uma gamela, dentro desta um oberó com ele e ao lado dele, dentro da mesma gamela, o de Òşun filha.

Este oríşa traz consigo uma grande ira em relação a traição de seus familiares. Não é contra ao matrimônio, mas também não é favor. Exige apenas de seus filhos uma reparação para a vida desregrada, condenando, se mulher, só possuir filhos homem e se homem só filhas. Um caso entre mil ele abre mão deste princípio, concedendo o direito a uma modificação e, em geral, seus filhos só encontram a paz e o bem estar quando bem maduros.

Este oríşa é dono do equilíbrio monetário e da economia. Seus filhos são dotados geralmente de grande facilidade para o acerto das finanças.

ORÍŞA LOGUN DA FAMÍLIA DE ÒGUN E ÒŞUN

ETAOGUNDÁ E EŞEOBARA

Logun (Ògun e Òşun), este é filho de Ògun Perere e Òşun Aboto, sendo este Logun definido: Ògun Remador; empregado de Òşun Rainha. Também este obedece as mesmas rergras e fundamentos dos outros. Suas cores são o azul marinho e o dourado. Este como os outros trás em uma das mãos o símbolo da traição uma estrela sobre um cálice e na outra o símbolo do sacrifício, representado por um barquinho a vela com duas espadas cruzadas em seu mastro. O seu assentamento acarreta a mesma imposição do homem, sendo o de Ògun em cima e o de Òşun embaixo.

A mitologia da vida deste oríşa é baseado nos pertences do mar, e geralmente seus filhos são pescadores, marítimos, etc.

Ele é bem favorável da vida a dois, porém vida esta cheia de drama e de conformidade. Seu ponto principal é a vingança. Seus bens são poucos, mas constantes. Nunca nada falta, mas também nada sobra.

Como foi dito que temos sete qualidades deste oríşa temos três no domínio masculino: Logun e estes três oríşas em vice-versa no domínio feminino: Logun Ede.

Os Loguns Edes são oríşas muito meticulosos em tudo, pois nem tudo pode ficar sob o domínio da mulher. E por assim serem, tudo o que diz respeito a eles tem que ser bem divido e bem equilibrado, para que ambos fiquem no mesmo nível pessoal, mas sem que a parte feminina perca a sua primazia. Para que tal aconteça, as coisas seguem este roteiro para qualquer Logun Ede: dois keles, dois adoguns, dois pares de contra-eguns (embora o yawo só use um par), duas senzalas, duas penas de kodidé, dois şaoros, um okutá (otá) representando dois sexos ou dois otás, o cabelo em dois, suas curas muito bem repartidas, sendo que em tudo isso a parte de ayabá fique por cima do oboró e em primeiro lugar.

Suas cores são as mesmas, suas vestes são de ayabá, porém com um laço atrás ou no ombro determinando o direito do homem.

Todos os Loguns Edés tem como princípio o casamento ou o amor eterno. O casamento para seus filhos é a coisa mais importante da vida, todavia não se adaptam com muita facilidade, pois não gostam de receber ordem do cônjuge.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A Origem do Yorubá


A Origem do Yorubá

Existem várias fabulações feita em relação à origem da nação Yorubá. Uso a palavra fabulação porque apontar com certeza o princípio da história da maioria das nações é praticamente impossível já que o que se conhece foi relatado oralmente, ou seja, hoje eu conto uma história para X, amanhã X conta a mesma história para Y do que entendeu acrescentando ou subtraindo, e Y contará para Z da mesma forma e assim sucessivamente.
Entre as várias vertentes podemos destacar a que se encontra no livro intitulado “The History of the Yorubas” do reverendo Samuel Johnson, onde é dito que os “Yorubas teriam sido originados de Lamurudo Rei de Meca cuja descendência era Oduduwa, o antepassado dos Yorubás, o Rei de Gogobiri e de Kukawa, duas tribos do país de Hausa. O período que Lamurudu reinou é desconhecido, mas um dos relatos emitidos da revolução entre os seus descendentes ocasionando a dispersão dos mesmos, parece ter sido um considerável tempo após Maomé”.
O que se contam é que Oduduwa era possuidor de grande influência durante o reinado de seu pai. E que o propósito dele era transformar a religião estatal em paganismo, e consequentemente ele converteu a grande mesquita da cidade em um templo de ídolo, e Asara o seu sacerdote, que era um fabricante de imagens a abasteceu com ídolos. Asara teve um filho chamado Braima que teria sido educado por um maometano. Durante sua menoridade Braima era obrigado a vender as imagens fabricadas pelo pai, coisa que ele não acreditava e detestava fazer. Passaram-se os anos, certo dia Oduduwa convocou os homens a saírem em caçada durante três dias para celebração de festas em honra aos deuses. Braima aproveitando a ausência destes homens liderou destruição das imagens desses deuses cuja presença tinha profanado a mesquita sagrada. Por este ato Braima foi queimado vivo. Este foi o estopim para uma guerra civil. Cada uma das duas partes tinha seguidores poderosos, mas o partido maometano que era suprimido do auxilio superior, derrotou os oponentes deles. O rei Lamurudu foi morto, e todos seus descendentes e simpatizantes foram expulsos da cidade. Os príncipes que se tornaram Reis de Gogobiri e Kukawa foram para direção oeste e Oduduwa para direção leste. Oduduwa depois de vagar por 90 dias de Meca, finalmente se estabeleceu em Ile Ifé onde ele se encontrou com Agbòniregun (ou Sẹtilu), o fundador da adoração a Ifá. Todas as várias tribos da nação Yorubá marcam a origem delas de Oduduwa e da cidade de Ile Ifẹ. De fato Ilẹ Ifẹ é lendária como o local onde Deus criou o homem branco e preto, e de onde eles se dispersaram por toda a parte da terra e que as tribos principais que originaram os sete netos de Oduduwa são; os Yorubás de Ọrañyan, Benins, Ilas, Owus, Ketus, Sabẹs e os Popos
Há várias controvérsias sobre esta tradição. Uma delas é em relação os Yorubás serem originários de Meca, ou seja, de família árabe. Não há nenhum registro dos árabes que descreva qualquer rei de Meca e um evento deste nunca passaria despercebido pelos historiadores deles. O que se pode afirmar é que os Yorubás vieram originalmente do Leste, com seus hábitos e culturas. E para eles o Leste é Meca e Meca é Leste. Tendo forte afinidade com o Leste, e Meca é a miragem Leste; e em grande para eles tudo que vinha do Leste, vinha de Meca.
Através de relatos e tradições autenticas ou mitológicas o que podemos assegurar sobre a origem mais provável dos yorubás é que eles sejam oriundos do Alto Egito, ou Núbia (no deserto do Sudão). Logo, se pode dizer que a língua Yorubá é de origem sudanesa. O Sudão fica a Leste no continente africano. E que eles eram súditos do conquistador Nimrod de origem fenícia.
Os Yorubás originalmente eram totalmente pagãos. O maometismo professado hoje foi introduzido no final do século XVIII. Os Yorubás acreditam na existência de um DEUS TODO PODEROSO, denominado ỌLỌRUN, o SENHOR DO CÉU, que é reconhecido como o criador do céu e da terra e de muitos deuses intermediários denominados de ORÍŞAS.

Quatro cantigas sobre os orixás que regem o ano de 2009. Tiradas do livro Antropologia do Candomblé vol. II

Şõro, şọrọrọ adv. 1. Copiosamente, fartamente.
ké vt. 1. Favorecer, dar como favor. 2. Ter calma ou prazer. 3. Armar uma armadilha.
Òdàrà s. 1. Codinome de Exu.
Òdàrà s. 1. Codinome de Exu.
pápà s. 1. Ansiedade, preocupação, problema.
ègbo sm. 1. Milho seco cozido, pudim de milho. egbò s. 2. Ferida, úlcera.
ẹ pron.pess. 1. Contração de “ẹnyin” = Você (s), vós, tu. 2. Lhe, lho, lha.
şõrọ adv. Copiosamente, fartamente.
ké vt. 1. Favorecer, dar como favor. 2. Ter calma ou prazer. 3. Armar uma armadilha.
Òdàrà s. 1. Codinome de Exu.
Òdàrà s. 1. Codinome de Exu.
pápà s. 1. Ansiedade, preocupação, problema.
ẹbọ s. 1. Sacrifício, imolação.

Segunda versão:
Şõrọ ké Òdàrà
Òdàrà pápà ègbo
Şõrọ ké Òdàrà
Òdàrà pápà ẹbọ.

Texto: Temos tudo em abundância porque somos favorecidos por Èşù. Quando temos algum problema oferecemos milho cozido para Èşù. E vocês para terem algo em grande quantidade, terão que pagar os favores à Èşù. Porém, se Èşù ficar desgostoso não há sacrifício que o alcance.

Àwoyó s. 1. Palavra que qualifica a ninfa Yemonjá.
ta v.t. 1. Chutar, escoicear, espicaçar, cair do cavalo, esparramar-se. 2. Iluminar, derramar luz. 3. Abrir um abscesso. 4. Ser persistente.
ni v.t. 1. Dizer. v.de lig. 2. Ser. prep. 3. Em, para. 4. Contração de “eni” = Alguém. pron. demonstr. 5. Aquele.
bọ v.t. 1. Idolatrar, adorar.
jálè, jálẽkán adv. 1. Completamente, por toda a parte. 2. Por toda a parte. v.i. 3. Resultar.
ta v.t. 1. Chutar, escoicear, espicaçar, cair do cavalo, esparramar-se. 2. Iluminar, derramar luz. 3. Abrir um abscesso. 4. Ser persistente.
ni v.t. 1. Dizer. v.de lig. 2. Ser. prep. 3. Em, para. 4. Contração de “eni” = Alguém. pron. demonstr. 5. Aquele.
bọ v.t. 1. Idolatrar, adorar.
jálè, jálẽkán adv. 1. Completamente, por toda a parte. 2. Por toda a parte. v.i. 3. Resultar.
àróle s. 1. Herdeiro, morgado, aquele que sucede o chefe da casa.
ta v.t. 1. Chutar, escoicear, espicaçar, cair do cavalo, esparramar-se. 2. Iluminar, derramar luz. 3. Abrir um abscesso. 4. Ser persistente.
ni v.t. 1. Dizer. v.de lig. 2. Ser. prep. 3. Em, para. 4. Contração de “eni” = Alguém. pron. demonstr. 5. Aquele.
bọ v.t. 1. Idolatrar, adorar.
jálè, jálẽkán adv. 1. Completamente, por toda a parte. v.i. 2. Por toda a parte.

Segunda versão:
Awoyó ta ni bọ jálè
Ta ni bọ jálè
Àróle ta ni bọ jálè

Texto: Awoyó ilumina aquele que a idolatra inteiramente. Ilumina aquele que a idolatra por toda a parte. Seus herdeiros são aqueles que sempre a idolatram em todos os lugares.

Yèyé s. 1. Mãezinha, queridinha, mãe graciosa.
yèyé s. 1. Mãezinha, queridinha, mãe graciosa.
yèyé s. 1. Mãezinha, queridinha, mãe graciosa.
ho, o interj. 1. Palavra mais usada para saudar e receber pessoas.
olo s. 1. Senhor (dono). òló s. 1. Rato.
bi v.t. 1. Perguntar ou indagar de alguém. bí v.t. 1. Gerar, dar nascimento a. conj. 2. Se. bì v.t. 1. Empurrar vilentamente. v.i. 2. Vomitar.
wa, awa pron. 1. Nós. wá v.t. 1. Procurar por, buscar, vasculhar. 2. Dividir, partir em pequenos pedaços. v.i. 3. Vir, mover-se em direção a. interj. 4. Contração de “wána” = Venha cá! Olhe aqui! wà v. de lig. 1. Ser, existir. v.i. 2. Cavar, remar.
omi s. 1. Água, suco, sumo.
àşẹ s. 1. Amém. 2. Lei, comando, instrução, ordem.
tóri v.i. 1. Cair nas graças de alguém
efan s. 1. Grupo étnico oriundo da cidade de Ifon, Nigéria.
ojúkojú adv. 1. Face a face.
àyaba s. 1. Rainha, mulher do rei. Nome honorifico dado às divindades femininas yorubanas. àyabá 1. Trabalho temporário, eventual.
ho, o interj. 1. Palavra mais usada para saudar e receber pessoas.
olo s. 1. Senhor (dono).
bí v.t. 1. Gerar, dar nascimento a. conj. 2. Se.
wa, awa pron. 1. Nós.
omi s. 1. Água, suco, sumo.
àşẹ s. 1. Amém. 2. Lei, comando, instrução, ordem.
tóri v.i. 1. Cair nas graças de alguém
efan s. 1. Grupo étnico oriundo da cidade de Ifon, Nigéria.

Terceira versão:
Yèyé yèyé yèyé o!
Olo bí wa
Omi àşẹ tóri efan
Ojúkojú àyaba o!
Olo bí wa
Omi àşẹ tóri efan

Texto: Mãezinha, mãezinha graciosa! Dona do nosso nascimento. Assim seja sua água, graça divina dos efan. Face a face com a rainha o! Dona do nosso nascimento. Assim seja sua água, graça divina dos efans.


Ọya,Yansan s. 1. Divindade. Deusa dos Ventos, dos Raios e dos Mortos. Senhora da tarde. Deusa do rio Níger.
té adv. 1. Acima (qualificando verbos que significam por, colocar, deixar). tè v.t. 1. Venerar, adornar, propiciar, respeitar.
tè v.t. 1. Venerar, adornar, propiciar, respeitar.
Ọya,Yansan s. 1. Divindade. Deusa dos Ventos, dos Raios e dos Mortos. Senhora da tarde. Deusa do rio Níger.
igbalé s. 1. Casa dos mortos. 2. Ritual dos Eguns.
Ọya,Yansan s. 1. Divindade. Deusa dos Ventos, dos Raios e dos Mortos. Senhora da tarde. Deusa do rio Níger.
tè v.t. 1. Venerar, adornar, propiciar, respeitar.
tè v.t. 1. Venerar, adornar, propiciar, respeitar.
àyaba s. 1. Rainha, mulher do rei. Nome honorifico dado às divindades femininas yorubanas.

Ọya tè tè Ọya igbalé
Ọya tè tè ìyãgbà

Texto: Ọya deve-se venerar e respeitar. Ọya, deusa da casa dos mortos. Ọya tem que ser venerada respeitada definitivamente, ela é a nossa àyaba.

Exu rege o ano de 2009 com Yemanjá e com a influência de Oxum e Oyá


Exu, Deus da Libido e da Fertilidade, senhor da Simpatia e da Antipatia. Èşu é regido principalmente por dois odùs Onikansã quando positivo e Odi quando negativo. Èşu está em todos nós, como diz o Chakran. Ele está relacionado com os nossos sentimentos de paz, de luta, de amor, de ódio, de simpatia, de antipatia ao mesmo tempo. Aprendi com os meus mestres africanos que Exu é o mais nobre sentimento calado dentro de nós e ao mesmo tempo; o pior dos sentimentos travados, sufocados, dentro der nosso peito. E que quando ele explode o difícil é avaliar as suas conseqüência. Ele é o sentimento possessivo ativo e o sentimento possessivo passivo. Apenas quando um destes sentimentos explode é que se tornam visíveis as suas ações boas ou más.

Assim entendemos que Exu é simplesmente Três Segundos de Excesso de Loucura, que todos os seres racionais e irracionais possuem, e com o qual ele se transforma no maior e único fertilizador das boas ações, as quais a partir destes três segundos poderão durar uma eternidade a ponto de se construir um mundo. Assim como ele é também fertilizador das más ações destrutivas, que em um simples lapso de memória, três segundos, poderá transformar-se no maior destruidor de toda a história.

O ano de 2009 traz Exu como regente trazendo com ele três àyabás:












Yemanjá como a protetora da prole;

















Oxum como a protetora da gestação e




















Oyá como a senhora da provisão e da elevação.





Exu representa a magia boa e má e em conseqüência disso ele trás tudo o que é bom e mau. Portanto é um ano que requer muito cuidado, pois ele pode trazer tanto o êxito como a derrota; a fortuna e a miséria; a solução e os problemas; a saúde e a enfermidade; a razão e a insanidade.

A vida afetiva será positiva para quem oferecer fantasia sem preconceitos ou regras, sem os principios éticos e morais, mesmo porque o sentimento amoroso neste momento estará disposto como cartas numa partida e pôquer às vezes, quando você blefa, tanto pode ganhar como perder, tudo é questão de saber jogar no momento certo.

Exu é o deus único do poder antagônico, até mesmo o poder dos oríşás é regido por ele, pois se ele não tiver primazia nas oferendas e atos, nada sairá perfeito. Como deus do desenvolvimento ele traz elevação se tudo for muito bem pesado calculando os prós e os contras. Expansão na indústria, comércio, cultura, ciência e tecnologia se as coisas forem feitas assim. Exu é o dono do mercado, destaque para a área do comércio varejista.

Na política o ano será de traições e reformulações. A persistência será o ponto fundamental no que diz respeito à busca pelo crescimento social e profissional.

O ano será favorável para quem estiver bem consigo mesmo, sem sentimentos de autopiedade ou segredos inconfessáveis. Tudo o que for obscuro tem a tendência de se mostrar pior do que realmente é. Será um ano negativo para aqueles que esquecerem de si próprio para propalar a vida dos outros, para os falsários, para os submissos, para os que desejam ter os pertences dos outros, sem que para isso se proponham a lutar, pois com certeza ficarão mais carentes e dependentes.


Sobre o livro Antropologia do Candomblé – Desvendando os Mistérios dos Deuses Vol.II


É imprescindível repensar o Candomblé. Repensar o negro dentro de suas origens, sua cultura e seus cultos. É preciso repensar o candomblé não como folclore nacional, mas sim como uma organização de cunho social, cultural, religioso e político.
Cabe aos descendentes diretos ou indiretos dos africanos que vieram para o Brasil trazendo com eles os orixás, com seus mistérios, fundamentos, segredos e que sacrificaram tudo isso como também se dispuseram ao sacrifício em prol do seu povo, que contribuam para valorização desta cultura não deixando que este legado seja extinto ou desvirtuado através de artifícios criados com os mais variados propósitos.

O objetivo desse livro é para falar sobre os orixás, o candomblé primitivo paralelo ao contemporâneo e principalmente sobre as distorções lingüísticas usadas na formação dos verbetes (orins) não só cantados como as frases usadas no meio “candomblecistas” atualmente.
Este livro será de grande utilidade, não só para os iniciados no candomblé como também para os pesquisadores e interessados na sociologia espiritual e cultural. Ou seja, creio que será de extrema importância para todos aqueles que buscam aprender o linguajar do candomblé de origem sudanesa. Digo de origem sudanesa, pois se os Yorubás são oriundos do Leste e é citado como sendo do alto Egito (que faz fronteira com o Sudão), ou do deserto de Núbia que fica no Sudão, podemos considerar de certa forma que a origem da língua Yorubá é sudanesa.
A antropologia do candomblé passa pelo conhecimento do culto milenar da cultura de cada orixá; pelo seu linguajar e todos os seus fundamentos; suas variações orais étnicas; sobretudo, pela formação dos verbetes e tradução correta dos mesmos.
A língua Yorubá assim como todos outros dialetos tribais é repleta de metáforas e como tal é preciso muita atenção e conhecimento para um bom e correto entendimento sobre as mesmas. Os primeiros cultos afros praticados em terra brasileira, sem sombra de dúvida eram os da cultura banta, que são os escravos sul-africanos à qual pertenciam os angolas, cabindas, benguelas, congos, moçambiques e outras da mesma linhagem e seria chamada de; Kibemba, Maka, Makuzuela, Malongi, Mambu. É preciso salientar que os portugueses começaram a transportar esses escravos africanos para o Brasil no início do século XVI.
Bem mais tarde chegam aqui no Brasil escravos vindos do Senegal, Costa do Marfim, Togo, Benin (Dahomey), Ghana, Zaire, e Nigéria que traz o Yorubá também conhecido como Nagô.
Vamos então juntar todos esses povos de várias pátrias e etnias diferentes dentro de uma senzala. Há de se concordar que seria impossível não haver uma mistura de idioma e cultura muito grande, até porque se não houvesse eles não teriam como se comunicar entre si. Não podendo também deixar de acrescentar que as maiorias dos orins cantados no candomblé são procedentes dos escravos que através desses mesmos orins cantavam seu cotidiano, suas dores, lamentos, esperanças e até pequenas alegrias; porém a maioria são versões destas mesmas versões colhidas por barracões espalhados pelo Brasil. Essas versões foram traduzidas do yorubá para o português de forma didática e parcial, o texto como um todo, já que se entende que a mais ou menos 60% deste idioma contribuiu para a formação da cultura afro-brasileira, mesmo tendo fornecido apenas 30% de escravos para o Brasil.
Bem, todos esses tópicos citados constam no livro Antropologia do Candomblé Vol.II – Desvendando os Mistérios dos Deuses que consta de mais de mil verbetes (orins) ou cânticos como preferirem de Exu à Ọxalá todos com, várias versões e da forma que elas foram arregimentadas nos candomblés e no “mercado”. Podemos dizer que três ou quatro para cada entidade são originais, primitivas.
As traduções didáticas dos orins em yorubá obedecem às regras de todos os dialetos tonais, todavia as traduções do yorubá para o português obedecem às regras gramaticais de acordo com os sinais gráficos tonais impostos pela maioria dos dialetos tribais.
Atualmente fala-se muito em modernização do candomblé, eu falo em extinção; fala-se muito na modernização dos orixás e eu afirmo que há ausência de possessão. Se não, pergunto: levando em conta o histórico de cada um dos orixás, com sua idade, domínio e época de suas regências quando humano seria possível que eles hoje Deificado se modernizarem? Aposto que não! Ou que propositadamente em determinado momento e em detrimento das bases culturais e doutrinarias do candomblé primitivo e do culto aos orixás que criassem um candomblé folclórico para satisfação do ego de alguns babalorixás e yalorixás ou pesquisadores, escritores, historiadores, etc.
O livro Antropologia do Candomblé vol. II irá mais uma vez reacender esta polêmica e levar os bons zeladores a uma profunda reflexão, como a ocorrida nos anos setenta, quando coloquei no mercado o livro Angola Culto-Afro – Verdades, Conceitos e Críticas.
Não comentarei sobre fundamentos de roncó, porque isso só diz respeito aos babalórixás e yalórixás, mas sim as festividades públicas, já que hoje não mais se vê em lugar algum as festividades privadas, aqueles rituais levados a efeito única e exclusivamente para os orixás de cada casa em questão e seus filiados, suas comunidades. Falarei sobre os festejos populares, os quais a meu ver não tem nenhum precedente nas histórias dos orixás. Por exemplo:
_ Em que momento da história Xangô orgulhoso e presunçoso como era, isso entre a 4.000 e 3.500 anos atrás ele se ajoelhou perante alguém, ou caiu de joelho em praça pública ou salões de dança para mostrar ao público que sabia dançar, ou ainda jogando cabriola como temos presenciado ou escutado por aí afora. Sendo ele o rei, ou mesmo homem do tipo que era, acredito que nunca nem como homem e muito menos como ser ora deificado.
_ Qual foi o período da vida de Xangô que ele se deu ao desprazer de no momento de despedida de reuniões ou festejos sair apertando a mão do povo, única e exclusivamente dos homens, como temos o desprazer de assim vê-lo em várias festividades nos dias atuais.
_ Xangô assim como todos os outros orixás se reportam ao seu público através de gestos mímicos das mãos, dos ombros e dos passos, gestos estes que estão implícitos na sincronização com os ritmos de cada orin. Salvo uma ou duas facções criadas pela etnia jêje cujos oríşas se reportam ao seu povo através das cordas vocais da matéria possuída, porém usando a linguagem original de sua etnia.
_ A respeito de Inhasan, Oya, o triste é que nos candomblés contemporâneos, não só o nome como a própria entidade é sinônima de prostituição e libidinagem na interpretação da maioria dos seguidores dela, contrariando e denegrindo não só a cultura do candomblé como o culto e a imagem da mesma. Ao interpretarem a sua dança, como a dança da sedução, do acasalamento, o que é um erro gravíssimo, visto que os seus requebrados em sua dança representam nada mais do que as preocupações relacionadas com a luta cotidiana de um modo geral. O seu dançar rodopiando e sacudindo saia às vezes bem próxima das pessoas é a maneira que encontrou para externar a sua alegria e ao mesmo tempo ofertar, jogar o seu axé para todos. Mas, o mais ridículo e triste ainda é vê-la dançar os orins que contém a palavra ojo ou ojú, onde ela, entre aspas, tampa os olhos da matéria e às vezes sendo acompanhada neste gesto desvairado por todos que se encontram na roda, que estejam possuídos ou não. Isso sem contar que em alguns lugares a põem parindo uma boneca preta ou carregando esta boneca em sua cintura ou agarrada a sua saia.

A respeito da palavra òjo ou ojú, ou òjọ, ójọ.
Observem:
ọjó, substantivo = dia, data, tempo.
òjo, adjetivo = novo, fresco, moço, covarde; substantivo = covardia, medo.
ojú, substantivo = olho, abertura, olhar; fio de faca ou espada.
ójọ, substantivo = chuva.
bìrí, advérbio = de repente, repentinamente; adjetivo = pequeno, acanhado, que ocupa um pequeno espaço.
As armadilhas:
lóju, preposição = diante, perante, na presença de.
ọlọjọ, substantivo = o dono do tempo, o mestre do tempo, a vida, o dia.
wòlóju, verbo transitivo = seduzir, atrair.
ọjó, substantivo = dia, data, tempo.

Preocupado com a extinção dos lẹse şirẹ mimo ou lẹse şirẹ iyin (rituais sagrados), com os orins mimo (cânticos sagrados) e com os orins iyins (cânticos de louvor). É que digo e insisto que é preciso repensar o candomblé e muito rapidamente antes que os resquícios das chamas doutrinárias que ainda resiste contra tudo e contra todos não se extingam completamente.
O livro Antropologia do Candomblé oferece esta oportunidade às comunidades do candomblé para que juntos possamos repensar sobre não só sobre a seita como também sobre nós “candomblecistas”, pois que as labaredas dos motivos, das razoes sócio-cultural e política já se apagou faz muito tempo, dando seu lugar à aculturação cultural e ao folclore desta mesma aculturação.
Os dialetos tribais são umas armadilhas para quem não estiver atento ao seu tom, pois por mais sucinta que seja a mudança do tom empregado mudará todo texto por completo, isso sem falar nas metáforas, pois se nós não estivermos atentos ao assunto em questão não iremos entender absolutamente nada.

Exemplo:
Wá iná, ki’mi, p’odo, Ọdẹ Taayò, kú ilé!
Tradução: Venha luz, louvar-me, chame o pilão, Ọdẹ Tayó, seja bem vindo a esta casa!
Agora observe na forma didática.
Wá = v.t. procurar por, buscar; dividir, partir em pedaços. V.i. mover-se em direção, vir.
Iná = subs. fogo, luz. (luz = imólé).
Ki = adv. previamente, não. Conj. afim de que. V.t. encher.
Mi = adj. diferente. V.i. respirar, aspirar. Pron. Mim, dê-me.
P’odo= pé odo = chame o pilão.
Ọdẹ Tayó = alegre caçador.
Kú = v.i. morrer, estar inativo, ser impotente.
Ilé= subs. casa, mansão, residência.
Wá iná,
Kimi, p’odo,
Ọdẹ Taayò, kú ilé!



O livro Antropologia do candomblé vol. II será de grande utilidade para os zeladores e zeladoras interessados em fazer a coisa certa, com coerência. Observem que a maioria não só dos zeladores assim como ogans, ekedes, yawos, etc. distorcem os cânticos dirigidos aos oríşas, colocando palavras sem nexo dentro dos cânticos, subtraindo com isso as palavras que realmente compõem o orin, por ignorância e falta de conhecimento. Fora ainda quando proclamam que cantar assim é it, sotaque, charme. E o mais incrível é que os oríşas dançam estes cânticos com muita empolgação e coreografia. E assim volto a perguntar: será que isto é certo?
Muitos ogans na ânsia de aparecer, de mostrar para a platéia que sabem cantar criam nos momentos mais impróprios cânticos sem nexo, com palavras sem nexo, sem coerência musical. Isso sem falar quando colocam cantigas destinadas aşéşe aos Eguns dentro de toques destinados apenas aos oríşas, e infelizmente a maioria dos zeladores assim como os orixás aceitam isso de bom grado. Isto é certo?
Temos nos dias atuais oríşas capoeiristas, que dão cambalhotas, atropelando quem estiver em sua frente com coreografias feitas em cima de alguma palavra que tenha no orin, e a platéia aplaudem como se os mesmos estivessem fazendo jus ao que diz a cantiga, quando na verdade nem eles mesmos sabem o que está querendo dizer o orin. Mas, com profunda arrogância dizem que a moda agora é assim, e ainda torcem o nariz quando um oríşa ou um zelador mais antigo e conhecedor da verdadeira história dos oríşas procuram agir de forma correta. Isso é certo?
Em breve o livro estará no mercado.

Pai Wilson d'Oxum


Wilson Ferreira de Jesus, Filho de Eleodoro Marques de Jesus e Isaura Ferreira de Jesus. Seu pai natural era um líder africano cujo nome em sua terra natal era Dorode Oba Ode.

Natural da Bahia, filho de santo de Lão-Tiriri nação Ketu e neto de Felexu que era Gege ambos de Cachoeira de São Félix.

O codinome de Pai Wilson dentro do culto do candomblé é Bambawara, filho de Òşun e Oshossi. Bambawara pode ser traduzido como: Òşun me fez perfeito ou perfeição corporal.



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